
Os problemas de saúde são muito variados numa população. Pense na quantidade de dores, febre, tosse, problemas emocionais, medos e situações rotineiras. Todos os problemas experimentados por uma pessoa podem ser abordados pelo Médico de Família e Comunidade.
Somos como uma orquestra — feita de um só músico que toca todos os instrumentos.
Apesar de tudo, somos ainda muito poucos no Brasil. Representamos menos de 5% dos médicos brasileiros, embora sejamos capazes de resolver pelo menos 85% dos problemas da população.
E somos valiosos também no âmbito da educação médica! É sempre bom ter professores com conhecimento muito vasto.
Cada especialidade tem seu campo: enquanto o cardiologista cuida do coração, o psiquiatra das aflições emocionais, o pediatra da criança, nós Médicos de Família e Comunidade cuidamos da pessoa que nos procura, da família que a cerca, da comunidade em que se encontra.
Nosso conhecimento é uma junção de todas as partes da medicina. Temos aquilo que é só nosso, essa é a verdade, mas também usamos saberes clínicos, cirúrgicos, ginecológicos, psicológicos, jurídicos e até religiosos. De certa forma, somos como um canivete: prático e útil para muitas funções.
Para trabalhar, precisamos usar estratégias que nos permitam abordar todos os problemas de forma eficaz. Dessa maneira, usamos o Método Clínico Centrado na Pessoa para nos conectarmos a quem nos procura; usamos a Abordagem Familiar para solucionar problemas da família; usamos ferramentas e estratégias agregadas na Abordagem Comunitária para lidarmos com problemas comuns da população e promovermos a saúde de forma geral.
